As férias de janeiro são a época mais esperada pelas crianças. Afinal, é quando podem se esbaldar na praia e na piscina. Mas, para aproveitar o descanso com tranquilidade, os pais precisam tomar alguns cuidados, principalmente com a pele. Veja:
1. Quais cuidados preciso ter com a pele do meu filho?
Até os 6 meses, o uso de protetor não é recomendado, devido à sua maior absorção pela pele do bebê. Então, a saída é não deixar seu filho diretamente ao sol, protegendo-o com roupas e bonés, já que, mesmo debaixo de guarda-sóis e das árvores, recebe radiação do sol. A partir dos 6 meses, a criança já pode usar filtro solar, com fator de, no mínimo, 30 – leve em consideração o tom da pele: quanto mais clara, maior deve ser o índice de proteção. Lembre-se de passar o produto 20 minutos antes da exposição ao sol, sempre deixando a criança sem roupa e aplicando de maneira uniforme, em sentido único e não circular, e sem esquecer das dobrinhas, orelhas e peito do pé. Vale até aplicar duas camadas para garantir a proteção. Reaplique a cada duas horas e após banho de imersão. Mas os cuidados não param por aí: é preciso evitar o sol entre 10 e 16 horas e lançar mão de roupas e chapéus, que também podem proteger seu filho.
2. O que fazer se a criança ficar ardida?
Evite banhos quentes para não piorar a lesão e faça compressas frias locais com auxílio de um pano úmido. Você pode utilizar hidratantes à base de água, específicos para crianças, de uma a duas vezes por dia, para aliviar a dor e a coceira, especialmente se a pele estiver descascando. Roupas leves e arejadas também ajudam a criança a se sentir melhor. E exposição ao sol, nem pensar!
3. Como evitar picadas de insetos?
Assim como acontece com o protetor solar, os repelentes só podem ser usados em bebês com mais de 6 meses. Antes disso, a única forma é a proteção mecânica, ou seja, uso de roupas com mangas longas e calças compridas, além de telas e mosquiteiros. Depois dessa idade, os repelentes mais indicados são à base de Deet e Icaridina, que protegem também contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, e podem ser aplicados até três vezes ao dia. Mas, atenção: leia sempre o rótulo para ver a idade permitida para uso e consulte o médico do seu filho. Evite aqueles que já venham com hidratantes ou proteção solar em sua composição, pois essas associações reduzem a eficácia do produto. Saiba que é melhor aplicar o protetor solar primeiro e, após 20 minutos, passar o repelente.
4. Oferecer frutas e sucos sob o sol provoca manchas na pele?
A ingestão do suco não provoca manchas na pele. Mas o contato direto com frutas cítricas – como limão, laranja e maracujá – pode manchar, sim! Então, caso a criança consuma esse tipo de fruta, lave bem as mãos e o rosto dela logo após.
5. Preciso passar hidratante depois do sol?
Não é obrigatório, mas ajuda a pele a se recuperar mais rapidamente. Dê preferência aos hidratantes à base de água ou aloe vera, que têm propriedades calmantes.
6. Areia oferece riscos?
Sim. Ela pode ser transmissora de doenças cutâneas, como micoses, bicho de pé, bicho geográfico e toxoplasmose. O bicho geográfico ocorre quando há o contato com fezes de cães e gatos contaminadas pelo parasita. Para prevenir, o melhor é não andar descalço em lugares onde esses animais circulam. Já as micoses encontram solo fértil em ambientes úmidos, que favorecem a proliferação de fungos. Por isso, seque bem a criança após o banho, especialmente em regiões de dobras, como axilas, virilhas e entre os dedos dos pés e mãos. Também não deixe que ela ande sem calçados em pisos que estão sempre úmidos, como lava-pés e vestiários.
7. Brotoejas são mais comuns no verão?
Sim. Elas são um processo inflamatório em glândulas sudoríparas, responsáveis pela produção do suor, que pioram com aumento da temperatura e da transpiração. Para evitar, use roupas leves e largas, preferencialmente de algodão, e deixe a criança em lugares frescos. Não é preciso passar nada no local.
8. E as assaduras?
Elas também são mais frequentes em dias quentes, já que as altas temperaturas promovem uma transpiração maior e essa umidade, junto com o calor, aumenta o risco do crescimento de fungos, que causam as assaduras. Para que o seu filho não sofra com esse problema, é importante realizar trocas frequentes das fraldas. Outra dica é deixá-lo sem elas, sempre que possível, para que a pele possa respirar um pouco.
FONTE: Revista Crescer
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